Missão e Programa

MISSÃO

O CEAACP tem como missão:

a) Desenvolver, promover, enquadrar e estimular, gerir e divulgar a investigação no domínio das Ciências Sociais e Humanas, com especial incidência nas áreas disciplinares das Arqueologias, Artes, Arqueogeografia, Arquiteturas Vernáculas, Património e Novas Tecnologias ligadas ao Património e em todas as áreas disciplinares que com estas interajam no debate sobre as dinâmicas de evolução das sociedades do passado, a herança cultural, a memória, as expressões artísticas e o património, bem como com as suas manifestações na contemporaneidade;

b) Difundir e promover a transferência do conhecimento, com vista a uma participação ativa no desenvolvimento das Ciências Sociais e Humanas e em geral das humanidades e, por essa via, a uma intervenção atuante na comunidade.

O CEAACP está profundamente comprometido com a produção de conhecimento inteligente, inovador e empenhado na promoção de sociedades inclusivas e criativas. Apresenta-se como uma estrutura altamente habilitada para dinamizar investigação sobre o passado alicerçada na Arqueologia, História da Arte, Arquitetura e Arqueogeografia e na valorização e promoção do património como alavanca de desenvolvimento qualificado e sustentável.

PROGRAMA

Paisagens e contactos são palavras chave que conjugam a investigação das áreas temáticas transversais que o CEAACP privilegia no seu projeto estratégico.

A paisagem no sentido global de territorialidade enquadrante do devir das sociedades – cuja abordagem invoca a leitura da dinâmica espácio-temporal de longa duração dos factos da sua construção – empresta à Arqueologia e à Arte uma perspetiva mais ousada que a leitura cronológica linear, realçando o presente como espaço-tempo herdeiro de um longo percurso de formação e invocando práticas patrimoniais de preservação e valorização.

As paisagens históricas, assumidas como heranças territoriais presentes, constituem um superior objeto de investigação multidisciplinar, transcultural e transnacional, ao mesmo tempo que se afirmam como um património qualificado.

Os contactos e as dinâmicas de reconfiguração cultural, como fenómenos de matriz diversa, em razão das condições de maior ou menor liberdade e espontaneidade que os caracteriza e das geografias e dos tempos em que ocorrem, surgem como protagonistas de processos riquíssimos de dinâmica cultural em que o impensado dos fenómenos de hibridação, assume papel relevante na compreensão das novas expressões culturais identitárias de natureza miscigenadas. A parcialidade da sua representação na historiografia convoca a um recurso aos arquivos da terra para escrever a história dos homens que a escrita não considerou e os trânsitos culturais que ela não contemplou.

No contexto de reconfiguração do mundo, nomeadamente da Europa, a compreensão histórica integrada dos processos de contactos culturais contribui de modo relevante para as políticas de integração e inclusão.

As paisagens históricas urbanas e os rios como infraestruturas culturais são contextos superiores para abordagens comparativas e multidisciplinares, nas quais cultura e meio ambiente se cruzam de modo interligado num complemento ativo de sustentabilidade contemporânea em associação com as comunidades.

O Património é inerente e coerentemente cúmplice desta associação. O entendimento de que o que o homem foi construindo ao longo do tempo é uma herança patrimonial que pertence ao presente que coletivamente dele é o herdeiro e fiel depositário, é uma exigência de coerência potenciá-la como alavanca de desenvolvimento ao serviço das comunidades.