O Grupo de Estudos Multidisciplinares em Arte (GEMA) do Centro de Estudos em Arqueologia, Artes e Ciências do Património (CEAACP) da Universidade de Coimbra, em colaboração com o Instituto de História da Arte da FLUC e a École Pratique des Hautes Études (Sorbonne, PSL, équipe HISTARA 7347), organiza o Colóquio A Europa (quase) toda em Coimbra. Regra e hibridismo na produção escultórica de João de Ruão, a realizar em Coimbra (Portugal), entre 26 e 28 de Abril de 2018, no Museu Nacional de Machado de Castro.
A importância de João de Ruão no panorama artístico de Portugal (e Coimbra) não se compadece com o relativo alheamento a que tem sido votado pela historiografia. Se não é possível fazer uma leitura sobre a criação plástica do século XVI que exclua o seu nome, a verdade é que a análise tem sido lateral à sua obra, ausentando-se de uma problemática que urge descodificar para o melhor entendimento do processo complexo que envolve a sua produção específica e um circuito mais amplo que integra as correntes artísticas europeias no tempo largo do século XVI. Depois da última monografia que lhe foi dedicada em 1980, e à luz de todos os contributos fornecidos desde então, os grandes objetivos deste Colóquio internacional passam pela discussão dentro das seguintes áreas temáticas: Mobilidade e Recriação; Condições Laborais e Estatuto Social do Artista; Escultura e Arquitectura (as áreas da contaminação); Reconhecer João de Ruão.